Palmas para o RESTART

terça-feira, 26 de outubro de 2010


Esse texto não fala de amor, não se constrói em versos e nem muito menos é engraçado.
Hoje é o dia do musico, e também não vim aqui fazer uma homenagem aos meus amigos músicos que são muitos e queridos.
Eu vim falar de musica. Meu computador é repleto de samba de raiz, MPB, bossa nova e tudo o que a musica brasileira pode me oferecer, sou completamente apaixonada pela musica brasileira. E por musica entenda qualquer coisa que não seja funk, forró, swingueira e afins.
Não, não sou hipócrita, para os que me vêem frenética dançando nos finais de semana nas vaquejadas, eu gosto de farra, escuto esse tipo de musica infernal porque é inegável o quanto é legal tomar todas ao som dessas merdas.
Mas esse texto também não é sobre o meu gosto musical, é sobre essa nova onda de bandas coloridas, em especial o Restart, eu sei que nunca escrevi sobre nada nem ninguém aqui, mas de umas semanas pra cá, certas coisas começaram a me incomodar, e andei pensando bastante nisso.
Eu sou uma garota de 24 anos, considero meu gosto musical excelente, se quero dançar escuto Simonal, Elvis Presley, se quero refletir coloco um Zé ramalho, Chico, Tom. Pra sofrer o Sérgio Sampaio e todas as suas frustrações me saciam. Mas quando eu tinha 12 ou 14 anos, eu tive minha fase Spice Girls Backstreet boys e N’sync, e eu me vestia de calça de veludo e colete de onça, usava tênis de plataforma, fazia cachinhos no cabelo pra ficar igual a Scary Spice [Mel B]. Colecionava posters dos backstreet boys e sabia [e sei até hoje] as letras decoradas, coreografias, tudo. Tinha uma queda pelo AJ, quando todas as outras sempre preferiam o Nick-Brian-Kevin. Enfim, onde quero chegar é, eu tive minha fase grupie de bandinhas de moda e sobrevivi, hoje tenho minhas opiniões sobre musica, escuto o que quero e gosto sem que para isso eu precise ficar por aí xingando as bandas que hoje fazem sucesso.
Nunca tinha ouvido falar em Restart, só ouvia coisas do tipo “bandinha colorida dos viadinhos de merda” “não presta” “musica ruim”, enfim. Não entendo de qualidade musical, e comecei a ver vídeos desse Restart no youtube por vários dias seguidos, e sinceramente não vi nada de absurdo, as musicas dele falam de amor, de alegria, de amizade, passam uma mensagem de companheirismo, muito melhor do que bosta de rebolation, papai tá dodói e qualquer dessas letras medíocres de forró.
Os meninos se vestem coloridos, assim como as spice girls se vestiam esquisito e os backstreet boys se vestiam com roupas de couro engraçadas. A calça do Pe Lanza só me dá nervoso porque parece que vai cair a qualquer momento, mas e daí gente? Pior essas dançarinas de funk, que também atingem o publico pré adolescente, outro dia levei meu filho numa exposição de cachorro e estava tocando em ritmo infantil “Dói um tapinha não dói”, pasmem. Cores são legais.
Mas o que me da mais raiva, são os pseudo-cults, querendo criticar a banda, insinuando a preferência sexual dos meninos, PORRA! Que tipo de moral você tem pra tentar rebaixar uma pessoa usando de ameaças a escolha sexual? Eles nem são gays e isso me revolta, como se ser homossexual afetasse de alguma forma na qualidade musical ou personalidade da pessoa, e você não escutou Cazuza? Renato russo? Queen? Elton John? George Michael? Rob Halfort? Se você acha que ser gay faz da pessoa inferior em qualquer sentido, você é tão patético e medíocre quanto suas criticas aos meninos do Restart.
Eu confesso que criei uma certa simpatia com eles, não pela musica, realmente o ritmo não me agrada e as letras eu acho meio bobocas, mas pra os fãs adolescentes, não são de forma alguma degradantes. Mas quer saber? Eles não tão nem ai pra você que inventou o boato que eles são gays, pra você que vaiou o premio deles no VMB, nem muito menos pra você que olha com cara de deboche para as roupas deles. Eles tratam as fãs com um carinho demasiado, estão sempre sorrindo e são super carismáticos. Talvez um dia a musica deles amadureça, o visual amadureça, ou talvez não, e eles sejam esses fenômenos passageiros, assim como os meus ídolos pré adolescentes. Mas afirmo  aqui toda a minha admiração por eles, pela tranqüilidade como eles aceitam as criticas e os xingamentos alheios desses babacas que não tem um mínimo de poder argumentativo. FIM.

O garoto do violão

terça-feira, 12 de outubro de 2010



Esse garoto me alucina, quando me beija em segredo, quando me toca em sussurros, quando me olha nos olhos. Ele tem a pele clara, a barba mal feita, os olhos tão lindos e as bochechas gostosas. Ele domina meu corpo com graça, me faz cafuné pra dormir, me puxa os cabelos e me crava os dentes. Ele só quer saber do seu rock’n roll.
Esse garoto morde meus lábios, me empurra pra longe, ilude meus ouvidos e depois ri da minha cara. Brinca com meu corpo, viola meus sentidos, enlouquece meus instintos e desintegra minhas rimas. Ele só quer saber dos acordes do seu violão.
Esse garoto confunde meus conceitos, retira meus direitos, me faz errar a conta. Ele zomba da minha utopia e ignora minha razão. Ele entorta minha linha, estraçalha minhas muralhas, me agarra em longos braços, se coloca entre minhas pernas e faz de minhas regras o ridículo. Ele só quer saber dos acordes do seu violão.
Esse garoto me confia segredos, me anseia seus medos, me conta seu dia. Ele segura minha mão, mas não caminha ao meu lado, se deita em meu peito, mas não sonha comigo, ele respira minha loucura e inspira meus pensamentos. Me desmonta com os dedos, me derrete com sua língua, me morde os seios e me faz amor. Se deita ao meu lado, acende um cigarro e pensa nos próximos passos. Ele só quer saber dos acordes do seu violão.
Esse garoto é minha tortura, meu inferno, minha maior tentação. Escapar é utopia, resistir já não faz mais sentido. Eu gosto dos beijos falsos, do gosto da sua boca, do cheiro da sua pele. Transformo momentos, crio fantasias, descubro seus truques e driblo suas cifras. Do amor eu esqueço, do pranto me acalmo, em seus olhos me envaideço e nos seus braços não me prendo. Não o desejo sem sua ironia, não o amo sem suas vaidades, não o quero sem suas manias, pois grande parte das minhas melhores danças saíram dos acordes de seu violão.


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Beijos e Boa Leitura

Casual

sexta-feira, 8 de outubro de 2010



Ela o ama da maneira mais tranqüila possível. Ela não o deseja perto, mas sempre o mantém guardado. Eles vivem de forma leviana, alimentados pelo desejo, encandeados pelos conceitos, eles não tem conceitos, não fragmentam sua relação, não nomeiam nem burocratizam sua situação.
Ela o ama, admira e o devora, faz do corpo dele totalmente entregue o seu mundo por algumas horas, e ela o beija como se aquela embriaguez a tirasse o pranto. Ele a olha nos olhos como se a fome saciasse.
Eles se amam como podem, ele não pertence a ela, mas anseia por seus carinhos, ela não pertence a ele, mas alucina por seu corpo. Passam dias, meses e anos, eles se aproveitam de outros gostos, e eventualmente se encontram como duas partículas vagando num caos. E possuem a sintonia perfeita.
Ela o ama, pois ele não se importa com seus absurdos, não abusa dos seus momentos e não discute com seus instintos. Ele a ama porque ela faz de seu corpo a paixão, dos seus beijos carinho e do seu peito segurança. Eles se amam, pois juntos encontram ternura, enroscados se tornam prazer e separados são verdade.
Ela o ama com maestria, ele a ama com calor. Juntos misturam segredos e ocupam suas noites aleatórias.
Eles se amam há anos e nunca estiveram juntos ou separados. Eles se amam nas madrugadas frias, nas ressacas imperdoáveis e nos dias ociosos. Ele é a melhor escolha dela e ela é a mais gostosa conquista dele.
Eles se amam por algumas horas, em alguns dias, até que a vida os separe.


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Beijos e Boa Leitura

Ela escreve poemas

domingo, 26 de setembro de 2010
Ela escreve poemas, como se a utopia da vida não bastasse, se esconde atrás dos versos, se aconchega entre suas rimas mal feitas. Gera conflitos e vive plenitude.
Ela escreve poemas, e acredita que todo bom poeta bebe da fonte da frustração e medo. Todo bom poeta tem vícios químicos, de amores, de linguagem. Que já não bastasse o sofrimento natural, o bom poeta acha pouco e passa sua dor para o papel, ludibriado e maquiado por bons adjetivos, uma sintaxe coerente e rimas idiotas. O bom poeta faz do leitor seu brinquedo.
Ela escreve poemas, pois seu reflexo no espelho zomba, ri, aponta e critica. Ela, que mudou seus conceitos, guardou seu corpo para o amor e se jogou nos braços daquele que um dia lhe tratou com desdém. Ela não sabe seguir regras, nem mesmo as que ela mesmo impõe.
Ela escreve poemas, porque a prosa lhe parece cortante, direta e sincera, e viver com suas próprias verdades é um tormento. Ela não tem mais forças para rir das crônicas e seus versos são falsos e ludibriantes, suas linhas com rimas que só ela entende são o que faz ela acordar todo dia com um sorriso roto na cara.
Ela escreve poemas, mas não sabe mais lidar com palavras, seus sentimentos agora apavoram e ela foge deles como o diabo da cruz. A vida a fez desacreditar de tudo, engana seus homens com o seu amor volátil, seus beijos dóceis e seu corpo carente.
Ela escreve poemas, para que seus dias sejam menos enfadonhos e sua cabeça se perca entre linhas. Escreve poemas para curar sua loucura, sua insônia e sua busca por algum sentido que a faça continuar caminhando.
Ela escreve poemas e neles acredita, se apega a tais ilusões pois são elas sua realidade, escreve poemas e através deles seus amores retornam, sua alma preenche, seu corpo sacia, seu sono descansa e seus pés não rastejam.
Ela escreve poemas, porque no caos da sua mente suas frases são as únicas coisas bem organizadas e sensatas. Ela cansou do mundo, das pessoas, das danças e das mentiras. Hoje ela vive plena, segura, amante, amada, supérflua e intensa e permanecerá assim até quando cansar de escrever poemas.

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Beijos e Boa Leitura

Embora, por ora, outrora.

domingo, 12 de setembro de 2010


Não entendo mais nem os tragos do meu cigarro, nem os goles das minhas bebidas, nem o gosto das bocas. Hoje sou inerte, desacreditada das valsas, dos tangos, esparramada em lençóis solitários, amanheço em transe, ludibriada pelas vagas memórias de meus sonhos, são eles que me mantém viva, nos meus sonhos meus sorrisos não são pequenos, minhas mãos não são falsas e meu corpo ferve.

Embora não os entenda, meus tragos são passivos, minha mente se desdobra em mil pedaços, meu coração que fora tão leviano um dia, agora repousa, esse coração que nunca pertenceu a ninguém e sempre foi seu, agora se satisfaz de memórias, se embriaga em um oceano nostálgico e sem graça. Numa eterna batalha com minha cabeça, que não admite pensar em você.

Entre retratos, retalhos sem retoques e devaneios, por um instante me perco em seus cabelos, longos, sua barba mal feita, sua pele estranhamente branca e seus olhos, meus olhos, e tudo aquilo que você foi um dia. Hoje seu cabelo é curto, sua barba não existe e sua pele tem um tom meio doente. Hoje suas rimas não cabem nos meus versos, seu cheiro me enjoa e seu cigarro me incomoda, minha cabeça cansou de pensar, meu coração agonizou e te deixou.

E agora eu não entendo os tragos do meu cigarro, não entendo os motivos dos meus porres, meu futuro virou loteria, meus planos evaporaram, e eu te amo da forma mais covarde que existe.
Ainda me resta os versos sem rimas, minha prosa sem sentido, minha cabeça caótica, meus falsos romances, meus livros e meu cigarro. Me resta o Chico, o Sérgio, o Ivan, o Vinícius, o Elvis, o Simonal, e todos os meus outros amores rotos e voláteis,  como haveria de ser.

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Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim
Mesmo que você feche os ouvidos
E as janelas do vestido
Minha musa vai cair em tentação
Mesmo porque estou falando grego
Com sua imaginação
Mesmo que você fuja de mim
Por labirintos e alçapões
Saiba que os poetas como os cegos
Podem ver na escuridão
E eis que, menos sábios do que antes
Os seus lábios ofegantes
Hão de se entregar assim:
Me leve até o fim
Me leve até o fim
Mesmo que os romances sejam falsos como o nosso
São bonitas, não importa
São bonitas as canções
Mesmo sendo errados os amantes
Seus amores serão bons
[Choro Bandido -   Chico Buarque]


Beijos e Boa leitura.

Dia do sexo

segunda-feira, 6 de setembro de 2010
  • Hoje é o dia do Sexo ...
  1. Minha gata ta comendo uma lagartixa aqui do lado, pelo menos alguem ta comendo algo aqui em casa.
  2. E a coisa mais excitante que eu escutei hoje foi, acorda vagabunda! Da minha delicada mãe
  3. Vou escutar "Sem Fantasia" e depois vou me matar
  4. E o máximo de um convite sexual foi o de Gisele pra jogar strip poker com as meninas
  5. E o mais perto de um orgasmo que eu cheguei foi o choque no chuveiro
  6. Mentira, o mais perto de um orgasmo foi o alfajor que eu comi no posto de gasolina
  7. Vou fazer uma bacia de pipoca, uma panela de brigadeiro, 2L de coca[cola] e esperar o ataque cardíaco
  8. E sexo verbal não faz meu estilo
  9. E minha webcam quebrou, nem sexo virtual
  10. E eu vou assistir Diário de uma Paixão e depois me matar
  11. E não tem nem chocolate em casa pra compensar a falta de sexo
  12. E só teria chocolate suficiente na fantástica fábrica, onde eu acabaria preferindo comer o Jhonny Depp
  13. E a única coisa cilindrica na minha boca é o meu cigarro.
  14. Vou ficar pelada na frente do espelho, pelo menos o meu reflexo vai me ver pelada.
  15. E que chegou mais perto de um pênis foi a salsicha com 2 ovos que eu fiz pra comer agora pouco.
  16. Nem o Serra, nem a umidade do ar, nem ninguem aqui pra me comer
  17. E eu vou jogar PS2 com meu filho
  18. E eu comendo sucrilhos com leite na frente do pc
  19. E eu não faço sexo há 4 meses.
  20. E eu to pouco me fodendo [literalmente]
  21. Vão se foder! 

Queria ser dos 50

segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Eu queria ser de 1950
Ser da juventude dos 60
Rebolar com iêiêiê
Me banhar nos anos dourados
Ver a bossa nova nascer
Sentir aquele abraço
Revoltar com o tropicalismo
Acompanhar a capital ser construída
Ver o Getulio virar suicida
Admirar Chico e Maria se entrelaçando
Sem fantasia, ou retalhos de cetim
Degustar o limão do limoeiro do Simonal
Me acabar no Woodstock
Ser hippie de verdade
Torcer pro Brasil ser bicampeão e conseguir
Ver o Sputinik subir pro espaço
E a coitada da cadela laika com ele
Me apaixonar pelo Elvis
Grudar pôsteres dos Beatles
Frustrar com o Sergio Sampaio
E sua rosa púrpura de Cubatão
Eu queria ser de 1950
Pra poder curtir os 60.

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Beijos e boa leitura

Restou

segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Do amor, as cinzas
Do beijo, o sabor
Do abraço, os braços
Da valsa, o compasso
Do sexo, o cigarro
Da paixão, a rima
Do meu, o seu
Do verso, a vírgula
Da saudade, a saudade
Da ilusão, a ilusão
Do olhar, a memória
Do cheiro, o nariz
De você, quase nada
Restou.

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Beijos e Boa leitura

Você foi saindo de mim
Com sorriso impune
Como se toda faca não tivesse
Dois gumes
Você foi saindo de mim
Devagar e pra sempre
De uma forma sincera
Definitivamente
Você foi saindo de mim
Por todos os meus poros
E ainda está saindo
Nas vezes em que choro
( Saindo de mim - Ivan lins)

A valsa do delírio próprio

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Valsando permaneço inerte

Se parar perco meu rumo
Entre estradas bifurcadas de devaneios
Danço no ritmo do vento
Oscilo entre a lucidez e a ilusão
Que protagonizam meu cinema mudo
E o pranto que me prende
Me sufoca em gritos abafados

Valsando permaneço inerte

Com passos confusos me procuro
Entre compassos caóticos me acho
Rastejo sobre memórias forjadas
Derreto meu corpo e ardo
Escondo-me fora de alcance
Onde suas mãos não toquem
E sua língua não prove
E seu cheiro não envolva
E sendo assim não enlouqueça

E valsando permaneço inerte.

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Beijos e Boa leitura

Devolva

domingo, 15 de agosto de 2010



Devolva meu sorriso
Minha vontade
Meus sonhos
Meus passos
Devolva minha ilusão
Minha obsessão
Meus melhores beijos
Meu corpo
Devolva o meu abraço
Meu traço
Meu próprio
Meu pranto
Devolva minha sina
Minha rotina
Minha caminhada
Minha decepção
Devolva minha máscara
Sem ela não sou.

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Foto humildemente roubada do blog da Deborah
Beijos e Boa leitura

O salto

quarta-feira, 11 de agosto de 2010



Abro os olhos
O barranco
Profundo
Amedrontador
Nublado
Frio?
Quente?
Mistério
Envolve
Me chama
Mais um passo
Recuo
Desvio
Retorno
O barranco
Feroz
Amedrontador
Misterioso
Me jogo.

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Você é virtualmente amada, amante, você real é ainda mais tocante, não há quem não se encante...

Beijos e Boa leitura

O nó dos verbos meus

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Caminho sem olhar pra trás

Olho sem focar em nada

Foco onde não desequilibro

Desequilibro quando vejo

Vejo quando não espero

Espero sem ao menos perceber

Percebo ao sentir

Sinto o quanto sufoca

Sufoco em minhas lembranças

Lembro enquanto arde

Ardo em pensamentos

Penso no caos que tornou

Torno a caminhar

Caminho sem olhar pra trás.


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Beijos e Boa Leitura

Carta ao Desamor III

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Hoje me perguntaram por você, engraçado como há algum tempo não pensava nisso. Em meio à contos de casos perdidos fui pega de surpresa ao perguntarem se eu sentia sua falta...

Sinto, muita. Sinto falta de você me olhando nos olhos e dizendo coisas engraçadas, de deitar na grama e observar estrelas, de virar noites conversando sobre assuntos num leque de filosofia a filmes de ação. Sinto falta do seu abraço e de você mexendo no meu cabelo, dizendo o quanto não gosta de mim e nem sente saudade em tom irônico.

Tenho saudade dos seus beijos suaves, de fazer amor com você, de acordar do seu lado e comer o café da manhã observando o seu jeito meio bruto de comer. Saudades de deitar numa rede e você fazer carinho no meu rosto, de dançar com você, tomar banho de piscina de roupa as 3h da manha numa terça feira.

Sinto falta de te ligar e perder tardes incontáveis conversando besteira, e de descobrir coisas sobre você, que tem medo de filme de terror, não come comida muito quente, é viciado em adrenalina, desleixado, esquecido, gosta de guardar o ultimo gole de coca cola depois do ultimo trago do cigarro, tem o sorriso pequeno e costuma colocar a mao na boca quando sorri, olha pro lado quando não lembra o que vai falar, gosta de café com leite e com muito açúcar, entre outras coisas.

Lembro das suas criticas, e do quanto eu mudei depois de você. Logo, cheguei a conclusão que sinto sim sua falta, por isso te escrevo.

Agora o mais estranho é vir aqui entregar a carta no endereço correto, mas a pessoa que eu dedico esta carta não mora mais aí, não sei quem é esse homem, entrego a carta nas mãos dele, espero que ele leia e repasse para você, porque esse homem para quem eu entreguei a carta é um homem como todos os outros, e dele eu não sinto falta nenhuma.


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Veja também

Carta ao Desamor I

e

Carta ao Desamor II



Beijos e Boa leitura

Pra lá

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sai pra lá

Comece a acreditar

Meias verdades não dá

Não quero seu beijo

O beijo

Que beijo

Lembranças

Sai pra lá

Dê meia volta

Não circule

Não rodeie

Me erra

Sai pra lá

Perde o trem

Não vem

Não volte

Você voltou

Não quero

Sai pra lá

Você massacra

Me mata

Me prende

Confunde

O beijo

Que beijo

Não sei até quando posso te resistir

Sai pra lá


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Beijos e Boa Leitura

Me deixe calar

terça-feira, 20 de julho de 2010

Hoje eu calo

Pois o pranto correu

E a paixão deu fim

O desejo sumiu

O amor se escondeu

O carinho fugiu

A ternura tentou

O zelo pediu

O verso apagou

O poema morreu

O canto abafou

A lágrima secou

O ódio desistiu

A compaixão se queimou

O ombro fraturou

A paciência acabou

Seu orgulho venceu

Então eu calo.

Me deixe dançar

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Eu danço

Ou o pranto me consome

Danço entre versos rasgados

Nos espaços entre nós

Tu não me ouvirias se cantasse

Por isso danço

No balanço dos meus sonhos

E das minhas ilusões

Acompanho as batidas vazias

Rodopio entre gritos abafados

Entre os sons do meu travesseiro

Tu não me olharia se caminhasse

Por isso danço

Enquanto te sinto saindo

Por todos os meus poros

De uma forma branda

Pelo pranto, pelo canto

E quando caminho

Isso pouco te importaria

Por isso eu danço.


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Beijos e Boa Leitura

2º Dia - A Melancolia

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Saio de casa, a luz do sol incomoda meus olhos inchados, dirijo para o trabalho com a cabeça vazia, a alma vazia e o coração apertado. Tentei chorar, mas não consegui, fumei 3 cigarros no caminho da empresa, um a mais do que o normal, forço o pensamento em você esperando alguma lagrima e ela não cai, sinto-me em uma espécie de transe, onde os sentimentos se perderam pelo vácuo das minhas idéias, não sinto amor, não sinto raiva, não sinto remorso, não sinto saudade, não sinto e ponto. O nada me consome aumentando o nó na minha garganta, falo ao telefone com minha amiga como se nada tivesse acontecido, contar a historia não dói, hoje.

Chego no trabalho com a mesma empolgação de sempre, e as pessoas notam a ausência do meu sorriso no rosto, perguntam se estou com conjuntivite, quando percebo que minha cara mais parece um balão de são João, minhas olheiras se destacam mesmo com meus olhos do tamanho de uma laranja. Sinto meu corpo fraco, a fome ainda não veio, mas preciso comer, engulo um pãozinho de queijo a força e tomo um energético as 9h da manha, e canalizo toda a concentração que me resta no trabalho. O enjôo me consome, e minha cara sem expressão assusta as pessoas, me sinto engasgada com esse nó na garganta, quero chorar e não consigo.

Meu celular não tem mais seu numero, uma idiotice, sei decorado, mas não te ligo, não tenho nada para falar com você, não hoje. Meu dia de trabalho quase chega ao final, e nada me abalou, nem o esporro do meu chefe, nem a bronca do chefe do meu chefe, nem o fracasso de vendas, nada.

Uma pessoa especial me abraçou hoje, uma pessoa que daria tudo para ter metade do que você tem de mim, e eu chorei pela primeira vez hoje, por um minuto mas chorei, e sentir o calor dele me abraçando me confortou por alguns segundos antes da melancolia me tomar de novo por completo.

Fico cerca de 10 minutos parada em frente ao computador, olhando para você online no meu MSN, parada mesmo, catatônica, o mouse passa por cima enumeras vezes, a vontade de clicar é tamanha que fecho a janela inteira de uma vez, não tenho o que falar com você, não quero falar com você, não hoje.

Não choro, nem sorrio, hoje eu apenas curti a minha dor, senti cada pedacinho meu que atrofiava, deixei doer tudo, deixei doer, deixei sair, deixei cicatrizar.

Deixa, que a hora chega

A dor passa

A alma esquenta

O corpo despreza

Deixa, que a dor não mata

Desestrutura, corrói e incomoda

e vai embora.

Deixa que a hora chega.

[Marcela Ohana]



Beijos e Boa Leitura

1º Dia - O desespero

terça-feira, 29 de junho de 2010

Primeiro dia, tudo é silencioso, só o que escuto são os meus sussurros, vim aos berros para casa dirigindo, e meus berros pareciam ser sufocados pelo nó na minha garganta, meu corpo formiga e minha garganta trava, a fome não chega e o travesseiro parece me criticar mais que você. Chorei tudo o que não tinha chorado, tudo aquilo que tinha guardado e escondido pra mim, e de você, chorei como se o mundo fosse acabar, chorei ao ponto de pensar que meu carro tem piloto automático, pois não conseguia enxergar nada na minha frente. E cada soluço parecia um monte de agulhas me perfurando, minha cabeça virou um verdadeiro caos, pensar em viver sem você é uma tortura, olho pro celular com vontade de te ligar, de retirar tudo o que eu disse, mas recuo, não posso fazer isso.

Me bate uma nostalgia, uma saga de lembranças me corrói, sinto seu cheiro em mim, acendo um cigarro, na esperança de acalmar meus nervos, vejo que minha mão treme, meu corpo atrofia numa dor imensurável, sinto raiva de mim por ter me deixado sentir em tão pouco tempo. Me sinto aliviada por não ter mais que me esconder atrás de meias verdades, o medo de te perder se esvaiu, já perdi, agora só me resta suportar a dor, o que já fiz inúmeras vezes.

Chego em casa, meu pensamento se volta para a única pessoa capaz de me acalmar numa situação dessas, uma pessoa que não faz mais parte da minha vida, mas que me conhece com maestria, em menos de meia hora, ele consegue me arrancar sorrisos e risadas, me sinto melhor e o choro parece que foi embora de vez.

Agora em meio a uma dose cavalar de realidade, tiro sua foto do meu quarto, guardo numa caixa junto ao cartucho de bala que você esculpiu em sabão de côco, e o livrinho de uma lei engraçada, o choro volta, parece que cada parte sua em mim que eu me desfaço é como se me tirassem um dedo mindinho. Vou sentir sua falta, do seu olho torto, do seu sorriso pequeno, da sua voz, das suas mãos, e principalmente, da sua companhia. Sentirei falta dos seus beijos, do seu corpo e do seu sexo, que eu não pude ter por uma ultima noite.

Já começa a ficar tarde e eu sinto vontade de te ligar de novo, deito minha cabeça embaixo do travesseiro que abafa mais um berro profundo, como eu ia acordar amanha sem ter a possibilidade de te ligar? Como eu vou tirar você da minha rotina?

3h da manhã e eu acordo chorando, de novo, como se o ar estivesse resistindo a entrar pelo meu nariz entupido, meu corpo ainda dói, levanto correndo com uma ânsia de vomito que mal me dá tempo de chegar ao banheiro, boto pra fora tudo o que não comi no dia, volto a pensar em você, e abafo meus berros no travesseiro, é desesperador.

Rabisco umas folhas de caderno, tomo uma xícara de café,me banho, visto minha roupa e vou trabalhar. Eu sei que dói, eu deixo doer, deixa doer, ninguém morre disso.


Se ela me deixou a dor,
É minha só, não é de mais ninguém
Aos outros eu devolvo a dó
Eu tenho a minha dor
Se ela preferiu ficar sozinha,
Ou já tem um outro bem
Se ela me deixou,
A dor é minha,
A dor é de quem tem...

É meu troféu, é o que restou
É o que me aquece sem me dar calor
Se eu não tenho o meu amor,
Eu tenho a minha dor



Beijos e Boa Leitura

Sua

sábado, 19 de junho de 2010

Sou sua

De noite, de dia, nua

Estrelas, sussurros, a lua

Em tudo, no pranto, encanto

Sou sua

No café, no almoço, em alma

Eu faço, desfaço, me dou

Na pele, no cheiro, na calma

Sou sua

Me beija, me sufoca, chama

No ouvido, suspira, na cama

Me aperta, me machuca, me ama

Sou sua

Desejo, sonho, vago

Grito, canto, rabisco

Volta, me aperta, me degusta

Sou sua

Só sua.


[ beijos e boa leitura]

Meu presente para você

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Meu salário esse mês não deu pra quem quis, por isso não pude te comprar um presente decente. Eu não tenho coordenação motora pra criar algo legal, mas eu sei escrever.
Eu queria te desejar saúde, mas você não precisa
Pensei em te desejar amor, mas amor você já tem de sobra
Paz e prosperidade é pra quem não tem o que falar.
Eu te desejo tudo o que a vida possa te oferecer de melhor, porque você merece o melhor de todas as coisas, porque você é um ser humano incomparável.
Que quando quer, vai lá e luta, levanta a cabeça, essa sua cabeça cheia de duvidas, é sensato, objetivo, sincero, leal, fiel, determinado, carinhoso, educado.
Apesar dos seus 22 anos, você me ensinou tanta coisa, muito da mulher que eu sou hoje, devo a você. Com toda a sua paciência, você me moldou e me fez ser uma pessoa melhor, talvez você não saiba o quanto significou em minha vida, mas fez toda a diferença.
Um dia alguém me disse que o amor, quando é amor mesmo, ele nunca se acaba, e você é uma prova viva disso, eu te amei da forma mais pura e sincera, e hoje te amo ainda mais, vendo você alcançando seus objetivos me mata de orgulho, te ver cada vez mais desenrolado e crescendo em todos os aspectos me deixa feliz.
Você é de longe uma das melhores pessoas que eu já conheci, foi de longe o melhor namorado que eu já tive, e hoje é com certeza um grande amigo, que eu sei que eu posso contar sempre, não me canso de falar bem de você aonde quer que eu chegue, do quão honesto e sincero você é com as pessoas a sua volta.
E eu te desejo hoje que você não pare tão cedo, que continue amando, sendo amado, crescendo, amadurecendo, mudando, regredindo, enfim, mas não pare, pois te ver feliz me faz feliz.
Eu desejo ainda mais que você tenha desafios, e enfrente obstáculos, e quebre a cara, se decepcione, e consiga integridade e dignidade suficiente para absorver coisas boas disso tudo. E que cada vez mais seus amigos te surpreendam e te mostrem o quão valiosos eles são [pq são mesmo].
Te desejo muitos anos de vida, e que nessa vida você possa conhecer muitas pessoas, porque todas as pessoas deveriam conhecer você, e se espelhar em você.
E por ultimo, desejo que você leia isso com atenção, e que quando estiver pensando em parar ou desistir de algo, lembre de mim.
Eu te amo, Bernardo.
Um feliz aniversario, com direito a tudo, inclusive bolo e brigadeiro.
Marcela

Lapso Poético, pra variar II

terça-feira, 13 de abril de 2010

Quando eu calo
Você me olha
Me deseja
Me quer
Me prova
Me desgusta
Me conquista
Me tem

Então eu falo
Você se surpreende
Se fecha
Se acha
Se esconde
Se protege
Se decide
Se afasta

Fim?


***********************


Um agradecimento especial pro Mayer, pelo comentario que me inspirou pra esse poema.

Saudade de ti.



Beijos e Boa Leitura

Dói

domingo, 11 de abril de 2010

Doeu,
Não sei por que nem como
Mas doeu, e deu raiva
Doeu forte, doeu dentro
Doeu
E há muito tempo não havia dor
Há muito tempo não havia lagrimas
E você chegou, invadiu e desmontou
Doeu
Não foi amor não foi paixão
Uma coisa física, uma relação bacana
Te ouvir falar, engolir palavras
Doeu
Doeu não poder fazer nada
Ficar desarmada e vulnerável
Te ter por uma ultima vez
Doeu

Carta ao desamor II

terça-feira, 6 de abril de 2010

Estive longe por um tempo, não me culpe por isso. Fugi as pressas de algo que temo, e temer me fez descrente.


Não te peço paciência nem muito menos espero que me entendas, você já me conhece o suficiente para saber o quão leviana eu sempre fui. E mesmo que um dia acredites no que falo aos seus ouvidos, não te aconselho a absorver minhas teorias, pois elas são tão dissimuladas quanto eu.


O meu amor é roto e volátil, nunca espere ouvir de mim tudo aquilo por dois dias seguidos, se eu te amo hoje, amanhã é incerto, o melhor para você é que eu não te ame nunca, e assim poderei ser tua por um bom tempo.


Não leves em consideração palavras ditas sem pensar, numa noite qualquer, num dia de cão, mesmo que esteja olhando em seus olhos, minha lábia é capaz de ultrapassar sentidos. Prefiro que você pense que eu sou idiota, do que tenha certeza que eu sou uma cafajeste.


Meu carinho é arma de defesa, que pra mim faz muito mais efeito do que sua pistola ao lado da cama. Te trato bem, te envaideço, te ludibrio e faço você acreditar que me possui, pois só assim eu posso ser livre sem preocupação.


Você se auto afirma tão complicado e cheio de razões, quando na verdade não passa de um fugitivo como eu, covarde em essência, que acha que já viveu suficiente pra achar que se arriscar é para os fracos. Se torna incapaz de perceber que aos 20 e poucos não passa de um mero aprendiz com uma cabeça pseudo formada e medíocre, e que não quebrou a cara nem metade do que deveria.


A maior diferença entre mim e você é que eu me permito viver e arriscar, meu orgulho não necessita de afirmações, porque apesar de parecer confusa, sei o que quero e quem sou, não fico me escondendo atrás de estereótipos que não condizem com minha realidade.


Não quero que você me ame loucamente, porque eu não mereço metade disso, não preciso que você me guie nem me segure, sei andar com minhas próprias pernas, não admito que você se preocupe comigo, eu não sou inocente.


Eu não amo você, por isso posso ser sua. Agora ,por favor, tire sua roupa e deite aqui do meu lado.


********


Beijos e Boa Leitura

Carta ao desamor

terça-feira, 30 de março de 2010

Por tanto tempo te esperei, pra te ter, pra te tocar enquanto meu, te esperei por completo, sem obstáculos, acreditando que o meu amor fosse agüentar todo esse tempo.


Agora você está aqui e nada mais faz sentido, não me sinto feliz nem completa. Seus beijos não são mais os mesmos, seu cheiro já não me encanta, sua pele já não me arrepia, seu corpo não é mais meu e nossos orgasmos se esvaíram.


Fico pensando se foi culpa do tempo, se foi culpa nossa ou se isso é uma história sem culpados e tudo está como deveria.


Por agora os outros não parecem mais outros, talvez nossos caminhos devam mesmo se desencontrar, por mais extraordinário que pareça, nossos corpos respondem muito melhor as nossas companhias atuais, aquela mágica que só nós possuíamos, agora não passa de meras lembranças. E nossas fotos e memórias são tudo que nos resta do nosso amor.


Tinha me acostumado com o fato de te amar eternamente que acabei me esquecendo que vivi todos esses anos sem você e muito bem, obrigada.


Talvez por eu ser uma poetisa, falsa e dissimulada, como haveria de ser, eu tenha fantasiado e ludibriado o meu sentimento, floreando e rabiscando belos versos sobre o passado. Sem me tocar que o presente que me toma.


Ou talvez você não passasse de uma guerra, onde as batalhas eram as partes mais emocionantes da historia.


Hoje você esta aqui e meus olhos não brilham mais, e muito menos os seus, será que nossa sintonia é demasiada ao ponto de nos libertarmos ao mesmo tempo? Me pego agora pensando em você, e vejo minhas memórias turvas e o passado um tanto ridículo e sem sentido.


O que mais me impressiona é que esse desamor repentino realmente é presencial, ele está aqui, você não mais.


Antes eu sentia saudades suas, hoje eu sinto saudade do que sentia por você. Sinto-me mais tranqüila e mais segura, entretanto, mais vazia. Como se uma parte de mim estivesse faltando, mas não me fizesse falta.


Não me doeu suas declarações para sua amada, não me doeu ouvir você chorando por ela, e não mais me dói o fato de sua vida, seu corpo e seu cheiro não mais me pertencerem.


Se eu te amo? Amo! Da forma mais sublime que existe, te amo tanto ao ponto de não mais precisar de você, ao ponto de me sentir feliz somente ao ver seu sorriso e ouvir sua voz. Te amo hoje mais que antes, pois nesse momento eu te quero longe de mim, vivendo e amando quem quer que seja.


Eu te amo hoje tanto que nunca mais quero você, nunca mais desejo você por perto, e isso é a maior prova de amor que eu já presenciei.


Eu te amo! Agora, por favor, vista sua roupa e suma da minha vida.


***********

P.s.: Nem tudo o que se escreve é autobiográfico. só para os curiosos de plantão.

Beijos e boa leitura.

Lapso poético, pra variar

domingo, 28 de março de 2010




Mãos




Ai, essas mãos, merecem belos versos
que as descrevam em sua totalidade
essas mãos que sozinhas me hipnotizam
que quando percorrem meu corpo me enlouquecem
essas mãos que puxam meu cabelo
e deslizam suaves em meu rosto


essas mesmas mãos que gesticulam
acompanhando seu linguajar rebuscado
mãos que passam segurança
que me abraçam nos momentos de fraqueza
as mãos que seguram seu cigarro e seu copo
mãos que deveriam ter nomes proprios


as mãos que trabalham pesado
que são lindas até mesmo sujas
são as mãos que me levantam do chão
e me seguram gentilmente para eu não me machucar
as mãos que me fazem cócegas pra arrancar meus sorrisos
e que me tomam sem luxúria e sem pena



mãos que me fazem ver o céu

e me seguram ao seu lado
enroscadas em minhas coxas
ou simplesmente ali sozinhas
prendendo meu olhar



ai, essas mãos merecem belos versos
são as mãos mais lindas que eu já vi
as mãos mais broncas e perfeitas
habilidosas em sua maneira
me conquistaram quase que por inteiro
não somente por serem mãos
mas porque são suas...
*********************
Desculpem a demora pra postar, meeeio sem tempo, maaas tá aí, lapso poético. kkkkkkkkkkkkkk
Beijos e boa leitura

Aqui

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mesmo que o tempo passe

E as lembranças borrem

E a saudade sufoque

Enquanto caminhamos por nossas vidas

Eu estarei aqui


Mesmo que a rotina abstraia

E a cortina se cerre

E o quarto se empoeire

Enquanto a cama se embriaga de solidão

Eu estarei aqui


Mesmo que a vontade cresça

E sua ausência se difunda

E o cheiro do seu cigarro se esvaia

Enquanto sua boca amanhece em outro hálito

Eu estarei aqui


Mesmo que a idade chegue

E nossos corpos padeçam

E o pecado se amenize

Enquanto nossos corpos se acomodam

Eu estarei aqui


Mesmo que bebamos de outras águas

E nos aproveitemos de outros corpos

E sem arrependimentos nos entregamos

Enquanto percebemos que os outros pares são só outros

Eu estarei aqui


Mesmo que a raiva me tome

E eu rasgue suas cartas

E incendeie suas fotos

Enquanto gravo em memoria nossos momentos

Eu estarei aqui


Mesmo que a frustração me visite

E meu eu se torne cético

E minha alma um pote vazio

Enquanto me consolo com nosso amor utópico

Eu estarei aqui


Mesmo que o fim se aproxime

E seu último suspiro se faça

E de minha boca caia o pranto

Enquanto espero com afinco minha hora

Eu estarei aqui.
***********
Beijos e boa leitura

Carta Resposta

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


Uma resposta para: Carta.




A distância separa os corpos, fato. Guerrear faz parte da vida, e sobre o amor ninguém ensina muito menos você que o esnoba em sentidos mais viscerais possíveis.



Sua sujeira é completamente máscara, você é sexy em sua arrogância, e sua desgraça me fez crescer. Não preciso de uma canção de Cat Stevens ao acordar se passar a noite te escutando sussurrar aos meus ouvidos enquanto se aproveita de meu corpo.



Sua tristeza é alegre, faz você seguir em frente, eu me importaria com suas alegrias, e dividiria minhas risadas com você, e sei que você acredita no meu sorriso. Envelhecer não significa passar a vida juntos, em segundos você envelhece, em semanas, meses, dias, você envelhece, não precisa se apegar a utopia da perpetuidade de uma união. Envelhecer com alguém é amadurecer. Pão às 6 da manhã? Eu quero dormir até as 8 e te deixar dormir até tarde e aproveitar o meu lado Amélia, e tentar te desconcentrar enquanto você vê TV.



Não te culpo, sua frustração é tão grande que você sente culpa pelos outros, uma vida feita de acertos não é vida, é novela das 7, não tiro sua razão de ter errado ao se apaixonar por mim, pois de sua paixão brotou a minha e demasiadamente me tomou. Mas não se preocupe, se eu cair, não cairei em seus ombros, e não te levarei junto como você fez ao me conquistar, não te farei mal algum. Amor sempre será ignorância, correspondido ou não, quem ama é ignorante, com as palavras, com as atitudes, com a realidade e com a pessoa amada. Minha beleza não merece mais do que seus versos tristes, pois eles conseguem penetrar em minha alma no sentido mais profundo que possa existir. E sua companhia é triste, mas de alguma forma é essa tristeza que faz de você a pessoa mais agradável de se estar ao lado.



Como havia dito, tempo é relativo, e você se tornou uma das minhas partes favoritas, se você pede tempo, tempo terá. O quanto for, desde os 7 minutos do seu cigarro a eternidade que você precisa pra encontrar seu Deus. Não se culpe por amar alguém, nem muito menos me culpe por me apaixonar por você, pois é em sua tristeza que eu me vejo, em sua desgraça que me apego, e em sua arrogância que me esquento.






*********










Beijos e Boa leitura


quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Já dizia os sábios Tom e Vinícius:

"A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
e tudo se acabar na quarta feira
Tristeza não tem fim

Felicidade sim"



Sem forças ainda para escrever, mas aguardem um pouco que em breve sai mais coisas dessa cabeça cansada.

Eu queria te escrever um poema

domingo, 7 de fevereiro de 2010
Como havia dito, queria escrever pra você.





Um Poema

[Marcela Ohana]

Eu queria te escrever um poema


Que pudesse descrever com palavras


Tudo isso aqui dentro de mim


Mas minhas rimas são fracas


E meus versos não chegariam aos pés


De tudo o que você transmite




Eu queria te escrever um poema


Daqueles que as pessoas leem com os proprios olhos


Que sentem através das palavras do autor


E fosse composto de uma linguagem nobre


E quando lido causasse boa impressão


Mas eu não sou você




Eu queria te escrever um poema


Pra mostrar o quanto te admiro


O quanto você é bonito


E quão profundas são suas palavras


E quão lindas são suas músicas


Que eu não canso de ouvir




Eu queria te escrever um poema


Pra vc guardar numa gaveta


Com uma foto minha


Mas quem escreve em papel ainda?


Pra onde foi o romantismo?


O que o tempo fez com as pessoas?




Eu queria te escrever um poema


Falando de jonh lennon,


De milton nascimento e de chico


De tudo aquilo que me lembra você


Dos beatles, de vinícius e toquinho


E da tonga da mironga do kabuletê




Ai como eu queria te fazer um poema.



*************


Beijos E Boa Leitura

O bacanal

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Eu sou tão nerd, mas tãão nerd, que procuro coisas interessantes até em sacanagem. Por exemplo, outro dia fui convidada para um bacanal, além de recusar o convite por questão de falta coordenação motora (tipo, eu e mais uma ou duas pessoas até que vai, mas bacanal não me vem na cabeça menos de 20 pessoas), eu também fui atrás da origem da palavra bacanal.
É mais ou menos assim, uma alusão as festinhas realizadas pelo deus Baco, o deus do vinho, conhecido como Dioniso também, essas festas eram regadas a bebidas, mulheres, tambores, danças, sexo, e muitas vezes terminavam em tragédia. Por aí a palavra se perpetuou pelos anos à frente e dá para se ter uma noção do nível dessas festinhas do nosso querido Baco.
Álcool é o estimulante liquido de coragem, e eu tenho que parar de beber.






-Senhorita, aceita alguma bebida?
- não, estou parando de beber, tenho um sério problema nas pernas quando bebo...
-Elas doem? Incham?
-não, elas ABREM!



*piadinha da playboy (sim, eu leio playboy) mas tá no contexto.




Beijos e Boa Leitura

Tudo bluurrr

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Perdi meus óculos.


Bem, era o mínimo que se poderia esperar de uma pessoa como eu, sim meus óculos que eu não tiro da cara.
Depois de 3 ou 15 cervejas e de uma chuva torrencial, só Jesus sabe onde eles foram parar no ultimo show do sábado.
Primeiro que alem de eu estar mais prá lá do que pra cá, minha atenção estava totalmente voltada praquela coisinha linda de olhos verdinhos e sorriso gostoso que estava comigo. Segundo que eu sou retardada mesmo.
Mas essa semana toda cega feito uma toupeira já me renderam um novo jeito de viver minha vida.


1) Dirigir um fusca virou aventura e lombadas viraram loteria,, se eu der a sorte de querer diminuir a velocidade do nada, talvez o meu pára-choque não caia denovo.


2) Assistir televisão ficou muito mais emocionante, agora alem de eu ver a imagem e escutar os sons eu posso sentir os pelos do meu nariz serem atraídos pela eletricidade estática da tela.


3) Conversar no MSN se tornou o método mais sem privacidade da casa, já que as letras tamanho 28 dão pra ser lidas até do quintal, e lá se vai pro beleléu minha coleção de printscreens dos meus paqueras pelados e de cueca.


4) Andar pela rua se tornou um ato tão blasé, eu não cumprimento mais ninguem, já que eu não consigo mais identificar nem reconhecer ao menos a placa do McDonald’s.


5) Quando o fusca está sendo usado, andar de ônibus virou tortura, uma vez que eu tenho que parar todos eles, esperar o motorista abrir a portinha pra eu poder perguntar qual o numero do mesmo.


6) O sexo se tornou mais pratico, agora eu não preciso parar no meio do rala e rola para tirar o óculos e guardá-lo em algum lugar seguro do quarto do motel para não correr o risco de quebrá-lo ou esmagá-lo.


7) Ir para festa comigo se tornou a diversão dos meus amigos, porque eu praticamente tenho que encostar minha testa em todos os caras da festa pra poder achar aquele que realmente me interessa. E eu vou acabar apanhando um dia por alguma das namoradas que eu obviamente não vejo do lado de muitos deles. E quando eu dou a sorte de enxergá-las eu solto um “Desculpe eu sou cega”.


8) Passear em feira de artesanato é muito mais proveitoso, eu tenho que olhar tudo de perto e não apenas passear pelos corredores. Muito bom ficar na posição em que Napoleão perdeu a guerra para olhar balcões baixinhos.


9) Agora eu conheço o cheiro da tela do PC, da televisão, da geladeira, da caixa de correio, das minhas gavetas, do cardápio dos restaurantes e do marido da vizinha.


10) Não tenho dinheiro pra comprar outro óculos porque meu salário vai ser todo investido no carnaval, mas estou aceitando doações.



Eu escrevi esse texto num caderno, agora imaginem a desgraça que ta sendo passar pro blog. Meu caderno tem cheiro de chocolate e eu não sabia.
E se me encontrarem em caicó no carnaval, é tudo mentira, se eu não vi eu não fiz!





Beijos e Boa leitura!

De onde vem a teoria das coisas certas e erradas? PARTE IV

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Religião, uuuuui

Já que dizem que religião não se discute, vou só expor meu ponto de vista sobre o assunto.
Acredito em Deus, FATO. Depois de ler Aristóteles e suas teorias sobre o primeiro motor, vi um grande sentido nisso tudo, ele afirmava que tudo o que existe veio de algo que já existia anteriormente, não como uma manufatura, mas partindo do pressuposto que tudo o que existe surgiu através de outra coisa que já existia. Porém ao seguir esse caminho, alguma hora, algo teve que surgir do “nada”. Claro que Aristóteles não falou com essas palavras, mas eu sou uma reles aspirante a escritora, portanto perdoem meu português mal escrito.

Enfim, Deus existe e bla bla bla... Mas acredito também que ele já fez demais por nós para ser motivo de tanta reza.
Me desculpem os religiosos, mas eu nasci sem fé, na verdade eu tenho fé em uma coisa, em mim mesma, mas minhas capacidade e pretensões.
Se Deus fez o homem dotado de raciocínio lógico, polegar opositor e cérebro super desenvolvido, creio que ele também desejava que nos virássemos sozinhos.
Ele não nos deu o polegar para nos agarramos as nossas crenças os invés de pensar por si próprios. Nem muito menos nos deu o raciocínio para que afirmemos que todo e qualquer acontecimento seja por vontade Dele. Acho banal as pessoas falarem que as coisas acontecem porque Deus quis. Porque se ele tá querendo isso que acontece no mundo, ele só pode estar de brincadeira.

E a grande variedade de religiões que existem por aí? Na minha opinião isso tem a ver com o livre arbítrio, e é mais uma das peripécias do Deus. É como se ele pensasse “Vocês precisam de algo pra se apoiar quando estiverem em apuros? Então escolham alguma dessas doutrinas que eu inventei, e viva o livre arbítrio!” E o pior é que há tanta desavença entre as tantas religiões, mal sabem eles que todas levam ao mesmo caminho.

E as igrejas? E as grandes obras primas de imagens que são adoradas por todo o mundo? Para mim as igrejas não passam de belas obras de arquitetura e engenharia, são belíssimas. Mas não acredito que sejam a casa de Deus não, é muito mais fácil pra Ele estar em todos os lugares do que viver fragmentado nas igrejas.

Nunca li a bíblia, salvo por uma vez para uma prova sobre os hebreus, não me orgulho disso, mas pra mim a bíblia é uma bela obra de ficção. Onde existem escritos que não condizem historicamente ou fisicamente com o que é tão pregado ao povo. Veja mais no cransauce, do Mayer, ele entende bem mais que eu sobre isso...

Em suma, religião para mim é balela, o mundo é livre para que cada um tenha os seus princípios e somos completamente capazes de seguir um determinado caminho, racionalmente, sem que para isso tenhamos que atar as mãos diante dos problemas e entrega-los nas mãos Dele, e logo em seguida sentar a bunda e coçar o saco esperando que Ele os resolva para você.

Rezar é o melhor jeito de não fazer nada, achando que está fazendo algo de útil. Porque em vez de rezar, as pessoas não escrevem? Sobre suas vidas, seus problemas, suas idéias geniais, quem nunca teve uma idéia genial que poderia mudar tudo? Talvez se todas elas fossem passadas para o papel, o mundo seria um lugar melhor.

Deus se escreve com letra maiúscula, Marcela também. Assim como Joao, Pedro, Eufrasio e o seu nome.





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Veja também


De onde vem a teoria das coisas certas e erradas?









Beijos e Boa leitura!



 
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