Não possuía escrúpulos, era manipuladora e prepotente, nunca gostou de ser procurada, escolhia seus homens a dedo e fazia o que fosse preciso para conseguir o que queria, já enganou garotos, já fez sexo por prazer, já disse eu te amo mentindo. Já foi enforcada pelas próprias mentiras. Seu nome quando estava atenta era Fernanda.
Tinha certeza que não pertencia a esse mundo, sua cabeça girava a mil, era inteligente, muito mais do que as outras garotas, tinha o senso de humor refinado, era sarcástica e irônica, fazia trocadilhos e sempre foi a diversão da turma, não tinha vergonha de falar em publico, nem de dançar em publico, possuía suas próprias danças e seu próprio jeito esquisito, sexy de alguma maneira estranha. Seu nome em seus surtos de loucura era Lílian.
Ela era feliz, em um estado quase absoluto, adorava suas tristezas, curtia as alegrias, mas sempre com a certeza que elas seriam passageiras, espremia todo o tipo de aprendizado que a vida poderia oferecer, gostava mais de sofrer do que de ser feliz eternamente, pois tinha um vício louco por aprender e evoluir. Seu nome em estados de evolução era Roberta.
Não acreditava no amor, no entanto, o seu coração possuía um único dono, o qual ela não conseguia nem pronunciar seu nome sem que para isso tivesse que desfrutar de uma dor imensa. E sim, esse parágrafo não tem sentido, e quem é insano de ver sentido no amor? Seu nome quando pensava nele era Carolina.
Era portadora de vários vícios, seu melhor amigo se chamava Carlton, era movida a base de nicotina e cafeína, viciada em livros, em séries, conversas cabeças, analisar pessoas, vodca, roer unhas, arrancar cabelos, tirar casca de ferida, computador, gírias, palavrões, sexo, sorrisos, coca cola, mc donald’s, cozinhar, observar. Praticamente tudo o que ela fazia era um vício, porque ela amava ser ela mesma, e tudo aquilo lhe trazia prazer. Seu nome era Emília.
Desconfiava que uma parte grande de sua cabeça era masculina, apaixonada por carros, jogava futebol, tomava cerveja, se reunia com os amigos para jogar cartas, bebia cachaça em dose e pura, falava sobre bola mulher e sexo sem pudor, com um tom de voz quase masculino. Fazia artes marciais desde pequena e nunca teve talento para balé, nunca brincou de Barbie, sempre jogou vídeo game e bola, andou de skate e patins. Nunca gostou de salto alto, maquiagem e escova progressiva, embora usasse todos os 3 itens anteriores, pois era vaidosa. Dirigia bem e tinha um senso racional que somente os homens possuem. Seu nome era Eduarda.
E ela era amada, chamada de louca por muitos, querida pelos amigos, se orgulhava por ser como era, amava seu jeito bonachão de ser, estabanado e esquisito. Encantava muitos assustava alguns, mas ela não ia mudar, apesar de viver em constantes mudanças, esse era o seu jeito, seu caos, sua metamorfose incessável. Seu nome verdadeiro era Marcela.
cigarros, cerveja, futebol! isso sim é mulher! xara!